ACERVO
A Casa das Memórias Palmenses é um espaço virtual criado para guardar e compartilhar histórias de todos que têm alguma lembrança de Palmas no coração — seja quem vive aqui, quem já viveu, quem passou e se encantou, ou quem ajudou a construir a cidade, mesmo que por um breve momento.
Com muito cuidado e carinho, essas memórias são reunidas, organizadas e celebradas como parte viva da história da capital. Cada relato, cada foto, cada lembrança ajuda a compor o retrato coletivo de Palmas — suas raízes, suas mudanças, suas conquistas e sonhos.
Mais do que um acervo, a Casa é um ponto de encontro entre gerações.
Um espaço onde a memória se transforma em ponte, onde o passado e o presente se abraçam, e onde todos têm voz.
Seja bem-vindo. Sua história também faz parte dessa cidade.
Vídeos
Casa das Memórias Palmenses
Casa das Memórias Palmenses


Gisela

Moacir

APARECIDA

Teaser Casa das Memórias Palmenses
Crônicas e textos
Palmas é feita de vozes
por Maria do Carmo Silva
Palmas não nasceu do silêncio.
Nasceu do sonho de muita gente, do pó vermelho batido no peito, da esperança que atravessou o país com a mudança amarrada no caminhão e um retrato da família na bolsa de viagem.
Essa cidade nova — tão nova que ainda cabe nos olhos de quem a vê pela primeira vez — carrega em si o tempo antigo de quem veio antes:
os sotaques cruzados na feira,
os cheiros misturados no mercado,
as rezas, os batuques, os festejos,
o riso de criança correndo nas quadras.
Cada rua tem um segredo. Cada árvore plantada por mãos que não esqueceram o que é chão de terra batida. E por mais que os prédios cresçam, ainda há quem reconheça o barulho das cigarras no fim da tarde como um hino de pertencimento.
Palmas é feita de vozes.
Não só as que gritam nos microfones, mas aquelas que sussurram histórias enquanto varrem a calçada, ensinam a fazer beiju, ou falam do tempo em que tudo era mato — e tudo era possível.
A memória aqui não está em museus de pedra.
Ela mora nos gestos simples, no café passado em pano, na saudade contada sem pressa no banco da praça.
É uma cidade que se inventa no agora, sem esquecer os caminhos que a trouxeram até aqui.
E quem escuta, entende:
não é preciso muito tempo para uma cidade virar lar.
Basta que ela nos olhe de volta.
Basta que nos ouça.
Se quiser, posso adaptar esse texto para publicação em redes sociais, ou criar uma versão mais curta para cartazes, vídeos ou trilhas sonoras. Deseja isso?
Cordel da Memória Palmense
de João da Buritirama
No coração do Cerrado
Ergueu-se uma capital,
Jovem, mas cheia de histórias
De um povo especial.
Palmas nasceu do encontro
De um Brasil sem igual.
Gente vinda do Nordeste,
Do Norte e do Centro-Oeste,
Cada qual com seu sotaque,
Com sua prece e seu teste.
Uns com fé no bolso raso,
Outros com sonho em alpiste.
Veio a dona Raimundinha
Com seu tacho e seu mingau,
Trouxe o cheiro da cozinha
E um forró bem regional.
Seu José plantou o ipê,
Disse: “Aqui vai ser meu quintal”.
Na escola e na calçada
Ecoam tantas memórias,
Causos, ditos, brincadeiras,
Gritos, marchas e vitórias.
O passado que se ouve
Vale mais que mil histórias.
Nessa cidade novinha
A lembrança é construção,
Feita de voz que resiste,
De luta, de tradição.
Quem escuta o que foi dito
Semeia a recordação.
O Museu que hoje se ergue
Com afeto e com cuidado,
Guarda as vozes de outrora
Num baú encantado.
E quem pisa no presente
Reverencia o passado.
Palmas é feita de gente
Que se junta e que se conta.
E o futuro dessa terra
É raiz que não desponta
Sem memória viva e forte
Feita em verso, em prosa e ponta.
Se quiser, posso também criar uma versão com arte de cordel para impressão, cartaz ou redes sociais — com xilogravura e elementos visuais típicos. Deseja isso?

